segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Projeto:Plantas tem boca?



   Projeto:Plantas tem boca?

Escola: CEI Primeiros Passos.
Crianças e adolescentes envolvidos no projeto:15 crianças
Turma:Jardim III B                                         Turno:Matutino
Educador: Jucimara Marques da Silva.
Coordenador pedagógico: Jeane Carla Knorst.
Gestor escolar:Cleusete Usenhemer


2.1 - Intenção pedagógica
Possibilitar que os alunos identifiquem as plantas e assimilem certos cuidados necessários para seu desenvolvimento.

2.2 - Questão norteadora – exploratória
   As plantas assim como nós tomam água e se alimentam?

2.3 - Território
   Horta Rosina (propriedade particular).

2.4 - Expedição Investigativa:
   Analisando as brincadeiras dos alunos percebi que havia neles um grande interesse por plantas e em conhecer sua germinação, levando em consideração essa necessidade resolvi colocá-los frente a frente com um ambiente voltado ao cultivo delas, fomos à horta Rosina.
   Chegando lá as crianças ficaram encantadas com a variedade, no local havia verduras, frutas, legumes, ervas medicinais, flores entre outros variados tipos de plantas, estavam bem
cuidadas, muito verde, tudo foi motivo de curiosidade e então perguntas.
    Os alunos correram os olhos em tudo estavam cheios de curiosidades. Professora por que templantas debaixo de coberturas e outras fora? Disse-me um aluno.E aquela caixa com água roxa pra que serve? Por que está dessa cor? É aqui que o mercado pega as verduras? Perguntavam em voz alta em procura de respostas.

2.5 - Objetivo geral do projeto:
Buscar com os alunos maior compreensão sobre a germinação, o desenvolvimento das plantas em geral e os benefícios que estas fazem para os seres humanos.

2.5 - Índice Inicial (refere se aos conhecimentos da turma sobre o tema investigadoou seja são os conhecimentos prévios sobre a abordagem da expedição):
   Os alunos já conheciam algumas plantas e o que produziam mas não compreendiam seu surgimento e os cuidados necessários:
·         As plantas precisam de água, mas não se alimentam porque elas não têm boca.
·         Não precisa molhar todos os dias.
·         Precisa, a minha mãe molha e colocou cocô de galinha na flor.
·         Na minha casa nasceu milho sem ninguém ter plantado.
·         Eu tenho uma plantinha em um vaso bem pequeno.
·         A planta de plástico da minha mãe não precisa de água.
Eram inúmeras as afirmações deles, começaramficar confusos, seus conhecimentos ainda não tinham coerência com a fala dos colegas, sendo um ponto de partida maravilhoso para eu começar a atuar.

2.6 - Índice Formativo (o que pretende saber – apreender com o desenvolvimento do projeto, refere se a articulação das áreas do conhecimento e a abordagem curricular, são as inúmeras possibilidades que o projeto oferece para se  explorar  os conteúdos de cada fase ou série interdisciplinarmente. O índice formativo deve garantir a aprendizagem, o desenvolvimento de habilidades estimuladoras de competências, a ampliação dos conhecimentos científicospautados nos princípios de Cooperação e Cidadania partindo de valores como: Diálogo, Solidariedade, Empreendedorismo, Justiça e Respeito à  Diversidade.

 a) Quais as curiosidades dos educandos sobre o item ou contexto apresentado?
 Plantas têm boca? Como as plantas se alimentam se elas não têm boca?
   Se não comem comida, se alimentam do quê?
   Como cuidar de plantas? 
   Como plantar na terra?
   Por que as mães querem que comamos os legumes que tinham na horta todos os dias?
O tomate é uma fruta ou um legume?
   Por que é preciso molhar as plantas?
   Se molharmos bastante as plantas elas crescerão mais rápido?
   Mesmo estando em um copo pequeno é preciso molhar todos os dias?
   Por que minha mãe coloca o cocô de galinha nas flores dela?
   Todas as árvores que existem foram plantadas por alguém?



b) Quais as estratégias desenvolvidas para gerar aprendizagem - transformando as curiosidades dos educandos em conhecimentos – currículo.
Assistiram o DVD BARSA-Plantas onde tiveram explicação do processo passo a passo, após andamos ao redor da escola arrancando os matos que encontrávamos para vermos o que havia debaixo da terra, encontramos ali muitas raízes e fizemos as demonstrações.
Saímos em busca da resposta apenas com uma lupa na mão, observamos a diferença das plantas que estavam do lado de dentro da horta onde haviam recebido cuidados e adubo que trabalhava como uma vitamina no entender deles e as que estavam espalhadas no quintal que no momento não havia tanta importância, como os matos, por exemplo, as que receberam um “alimento” melhor estavam mais bonitas, mais verdes e fortes concluíram, entendendo que com sua raiz ela suga não só a água mas todos os nutrientes encontrados na terra.
   Assistiram o DVD BARSA-Meio ambiente, onde tiveram resposta sobre a importância da água para as plantas, plantas do deserto, chuva e sol, plantas em coberturas e a importância da preservação, contei a história um sonho que brotou e interpretamos o significado, após plantamos feijões no algodão tendo os alunos responsabilidades diária com eles.
   Visitamos a horta da escola, fizemos a ilustração, tivemos orientação do senhor Irineu que cuida do pátio da escola, plantamos feijões, girassol, alpiste e observamos seu desenvolvimento a cada dia, levaram o livro do João e o pé de feijão para prestigiarem com os pais e terem uma conversa com a família voltada ao que estavam aprendendo na escola.
   Orientei-os e dialogamos sobre a importância das verduras, frutas e vegetais, usei como base os livros infantis: A beterraba, A batata, A cebola, Cenoura dourada, A alface, O brócolis, aproveitando o tema com jogos, brincadeiras, trabalhando cores, tato, paladar, textura entre tantos até sanar algumas das curiosidades dos educandos.
   Na empolgação em que estávamos eu não podia deixar de lado o fato de todos confundirem o tomate com um legume, em roda contei a história Liga dos vegetais-O tomate, que nos rendeu uma longa aprendizagem, fizemos ilustrações e pinturas sobre o tema.
   Embora eu soubesse a resposta não podia deixar de aproveitar a oportunidade de deixá-los plantar o feijão em um copo descartável e molhar bastante, não demorou muitos dias e tiveram a resposta, nossa sementinha havia apodrecido.
   Inicialmente fizemos o mesmo processo, mas dessa vez deixamos sem molhar, a semente não germinou, em outra molhamos por três dias depois a deixamos por uma semana sem água, quando a pegamos estava seca.
   Expliquei sobre a importância do esterco e quais os tipos que podemos utilizar, os levei na horta utilizando apenas uma lupa para fazermos as comparações da terra, realmente observaram que a terra do lado de dentro do espaço destinado as plantas estava com uma coloração mais escura e alguém havia mexido nela, ou seja, a preparado para o plantio.
Fizemos uma roda de conversa e troca de informações após ter lido a história do livro passarinhando, chegou-se a conclusão que certas plantas podem ter surgido ao cair uma semente da boca de um pássaro, com o vento, talvez das fezes dos animais ou até mesmo ao jogarmos alguma parte dos alimentoscomo as sementes.


3. ENVOLVIMENTO COM A COMUNIDADE APRENDIZAGEM

3.1 Descreva as ações desenvolvidas com as famílias e/ou a comunidade. O Programa prevê em sua essência o envolvimento em especial da família e de toda a sociedade como contextos indispensáveis a educação de qualidade.
   Percebemos a importância da comunidade no projeto desde a investigação onde fomos esperados e bem recebidos pelo dono da horta e sua esposa que nos mostrou cada canto do território transmitindo importância da forma de tais organizações no plantio.
   Algumas mães contribuíram nos mandando plantas para as observações. Circulou nas casas o livro do João e o pé de feijão para os pais lerem junto com os filhos deixando os discentes mais motivados pela plantação de feijão.
   Tivemos muitas orientações e ajuda ao desenvolvermos as atividades na terra do senhor que cultiva a horta da escola e para deixar nossa atividade sobre os chás mais divertida a mãe de um aluno veio à escola nos preparar um chá escolhido e colhido no canteiro pelos próprios alunos para acompanhar a degustação de um bolo de cenoura que a minha mãe nos trouxe de presente.
4. VISUALIZANDO O PROJETO- RESULTADOS

4.1 - Índice Final (são os resultados alcançados com o projeto)
Desde o início do projeto, quando chegamos à horta, imaginei o quanto seria bom o contato dos alunos com as plantas, embora todos já as conheciam pela alimentação no entanto a maioria as buscavam no supermercado.
    Poucos têm uma horta no fundo de seu quintal, ou seja, não conheciam a verdadeira história do caminho percorrido por elas até chegarem ao comércio, mas em compensação os que têm pequenos cultivos em casa me ajudaram muito, colaborando e trocando informações nos momentos em que interagíamos sobre o tema em nossas aulas.
   Conseguimos por meio de aulas dialógicas e na prática, “mão na terra”, achar as respostas que precisávamos, aprendemos a plantar, cuidar, sentimos perfumes, degustamos sabores, entendemos a necessidade de todos os seres vivos em relação ao carinho e respeito e o quanto nesse ciclo precisamos um do outro, sem contar que nos divertimos muito com nossas artes, pintamos, nos molhamos, fizemos máscaras, jogamos e brincamos.
   Pretendemos portanto em meio tanta alegria continuar cuidando de nossas plantinhas e do próximo como a nós, tendo em vista que um contato direto com as plantas levam as crianças a entender a importância da natureza, estabelecem relações entre o meio ambiente e suas formas de vida.






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